AlimentosInflacao Foto: Carlos Moura/CB/D.A Press

Inflação dos mais pobres acelera para 10,80% em 12 meses

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

Assim como o indicador da inflação oficial, o índice que mede a carestia das famílias mais pobres disparou em fevereiro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (11/3), e acumulou alta de 10,80% em 12 meses. A taxa ficou acima dos 10,60% registrados no mesmo período encerrado em janeiro, e, entre os vilões, estão os alimentos, cujos preços não param de subir no supermercado.

 

O Índice Nacional Preços ao Consumidor (INPC) avançou 1%, em fevereiro, depois de registrar alta de 0,67% no mês anterior. Essa foi a maior variação desde fevereiro de 2015, quando o indicador avançou 1,16%. O IPCA subiu 1,01% no mês passado, quase o dobro da elevação de 0,54% de janeiro e acumulou alta de 10,54% em 12 meses.

 

De acordo com o IBGE a disparada ocorreu devido ao aumento generalizado dos preços. A inflação dos produtos alimentícios e não alimentícios acelerou em relação a janeiro, com variações passando de 1,08% e 0,54%, para 1,25% e 0,92%, respectivamente.

 

O INPC é o indicador que corrige o salário mínimo e mede a carestia para as famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos.

 

Resultados regionais

 

Entre as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, Porto Alegre registrou a menor variação do INPC em fevereiro, de 0,40%, devido à queda de 4,33% nos preços da gasolina, segundo o órgão ligado ao Ministério da Economia.

 

A capital gaúcha e a cidade de Belém foram as únicas a registrarem alta de apenas um dígito no INPC acumulado em 12 meses até fevereiro, de 9,99% e 8,14%, respectivamente. Curitiba, em 4º lugar do ranking mensal, registrou a maior taxa nessa base de comparação, de 13,19%.

 

Já maior variação mensal foi do município de São Luís, de 1,35%, principalmente, em função da alta dos custos das mensalidades escolares, de 7,67%, e dos itens de higiene pessoal, de 2,27%. Brasília ficou em 10º lugar no ranking de variações, com alta de 0,96%, em fevereiro e alta de 10,17% no acumulado em 12 meses.