Provável presidente do Banco Central, o economista Ilan Goldfajn não compareceu hoje ao trabalho no Itaú Unibanco, onde chefia o departamento econômico. A amigos, disse que está preparando a sua ida para o governo de Michel Temer, que deve ser empossado nesta quinta-feira, assim que o Senado afastar a presidente Dilma Rousseff.
Ilan sabe o tamanho de desafio que tem pela frente. A inflação continua alta, acima de 9% no acumulado de 12 meses, mas o Produto Interno Bruto (PIB) está derretendo. Olhando apenas para o custo de vida, não há como pensar em redução da taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano. Mas, com a forte contração da atividade, um afrouxo monetário se faz necessário.
A ideia do virtual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que fez o convite a Ilan, é anunciar o nome do presidente do BC tendo, em mãos, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garanta foro privilegiado aos diretores da autoridade monetária, já que a instituição perderá status de ministério em pouco tempo.
Brasília, 19h05min