POR ANTONIO TEMÓTEO
Ilan Goldfajn assumirá o Banco Central (BC) sob desconfiança dos servidores da autoridade monetária. O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), Daro Piffer, afirmou estar preocupado com a nomeação do economista, que é sabatinado esta manhã pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Ele detalhou que a categoria estuda passar a eleger uma lista tríplice de indicados ao cargo para apresentar ao Presidente da República, nos moldes em que o Ministério Público Federal já realiza para a escolha do Procurador-Geral da República.
Na avaliação de Piffer, o caso de Goldfajn é diferente do de Armínio Fraga e de Henrique Meirelles, pois, no momento em que eles foram indicados para presidir o BC, não tinham ligação com uma instituição financeira brasileira, diretamente sujeita à fiscalização do órgão. Goldfajn era economista-chefe do Itaú Unibanco e, até, bem pouco tempo, sócio do banco. “Já temos um sistema financeiro altamente benéfico aos bancos. Estão sempre entre as empresas com maiores lucros no país”, comentou.