O mercado, em sua maioria, teme a volta do PT ao poder. Não por acaso, passou a se aproximar de Bolsonaro. Mas muitos analistas reconhecem que Haddad tem um perfil moderado e seria um ótimo nome para substituir o ex-presidente Lula como cabeça de chapa do PT. Lula insistirá na candidatura até o prazo final previsto em lei. Ao ser declarado ficha-suja, indicará seu sucessor, muito provavelmente, o ex-prefeito de São Paulo. Haddad, inclusive, está com uma exposição enorme na mídia nos últimos dias.
O mercado reconhece as chances de Haddad ir para o segundo turno da disputa pela Presidência da República. E, caso isso aconteça, torce para que o petista assuma um discurso sem rancor, uma vez que as principais lideranças do PT não escondem o desejo de voltarem ao Palácio do Planalto para se vigar “de todos” que fustigaram o partido.
O mercado vai insistir no apoio a Geraldo Alckmin (PSDB), que, até o fechamento da aliança com o Centrão, era dado como carta fora do baralho. Agora, fortalecido politicamente, o tucano se tornou o objetivo de desejo dos donos do dinheiro. Tanto que, nos bastidores, muitos investidores vêm trabalhando para a solidificação das alianças fechadas pelo PSDB como forma de enfrentar a extrema direita representada por Bolsonaro e a esquerda radical liderada pelo PT.
Brasília, 10h03min