Está praticamente fechada a dobradinha de Michel Temer na economia, caso o Senado aprove o impeachment de Dilma Rousseff. Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda e Ilan Goldfajn no Banco Central. O vice presidente já bateu o martelo nos nomes. Mas a confirmação oficial só será feita depois de confirmado o afastamento da petista.
Ilan é economista-chefe do Itaú Unibanco. Foi diretor de Política Econômica do Banco Central durante a gestão de Armínio Fraga, que apoiou a indicação ao vice. O nome dele foi apresentado a Meirelles o último sábado, que o sancionou. Temer é muito próximo do presidente do Itaú, Roberto Setúbal.
O nome preferido de Meirelles para o BC era o de Mário Mesquita, que foi diretor de Política Econômica durante o período que ele presidiu o Banco Central. Mas a vários interlocutores, Mesquita afirmou que não aceitaria o convite, porque não quer voltar para o setor público neste momento. A prioridade dele é tocar o banco do qual é sócio, o Brasil Plural.
Nada impede que, até a eventual chegada de Temer ao Palácio do Planalto, haja mudanças. mas como disse o vice-presidente, se ele assumisse hoje, Meirelles seria seu ministro da Fazenda e Ilan Goldfajn, o presidente do Banco Central.
Brasília, 12h08min