Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o quarto trimestre de 2016 foi a última vez que o PIB veio negativo contra o trimestre imediatamente anterior, quando recuou 0,6%. Depois de então, o país só teve taxas positivas, apesar de pequenas.
Apesar do Banco Central (BC) apontar para uma queda de quase 0,7%, as estimativas dos analistas apontam que o recuo no PIB será entre 0,1% e 0,2%. Segundo o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, o que chamou a atenção no IBC-Br foi a revisão dos dados de fevereiro, que passaram de uma queda de 0,73% contra janeiro, para retração de 0,98%. “Evidenciando assim que há mais tempo que a atividade mostra sinais de fraqueza”, ressaltou.
Por causa do primeiro trimestre perdido, a tendência é de que 2019 também seja um ano para esquecer na economia. Isso porque o crescimento pode ser inferior a 1%. Ou seja, a recuperação da atividade econômica ficará mais fraca do que os dois últimos anos do governo Michel Temer, quando cresceu 1,1% em cada exercício.
Perfeito ressaltou que o IBC-Br não anda “colado” com o PIB, mas que dá parâmetros para como será o resultado das contas nacionais. “Nossa projeção para o PIB do primeiro trimestre é de queda de 0,1% e esta diferença pode ser explicada em parte pelo comportamento da Balança Comercial, que registrou no superávit de US$ 10,3 bilhões no período. Reforçando que mudamos a projeção de PIB de 2019 de 1,1% para 0,9% e para 2020 para 2%”, afirmou o analista.
Brasília, 11h38min