O colapso na saúde chegou à rede privada. O Blog apurou que o grupo Santa, maior rede hospitalar do Distrito Federal e composto, em Brasília, por Santa Lúcia Sul, Norte e Gama, está com 100% das vagas de UTI ocupadas. A situação é igual nas duas outras unidades do grupo, em Anápolis (GO) e Cuiabá (MT).
Para atender um número maior de pacientes, os hospitais da rede em Brasília remanejaram leitos de enfermaria para UTIs e, mesmo assim, não há mais vagas. As cirurgias eletivas foram desmarcadas, sem previsão para retomada. Para evitar contágios, as unidades proibiram visitas a pacientes, mesmo aqueles que não estão com covid-19.
No Hospital Sírio-Libanês de Brasília, as cirurgias ainda não foram desmarcadas, mas a taxa geral de ocupação é 97%, segundo o boletim mais recente. Há 39 pacientes com covid-19, sendo que 16 deles estão internados na UTI. Já a unidade de São Paulo, na qual não há mais vagas em UTIs, suspendeu por 15 dias alguns procedimentos eletivos e exames ambulatoriais de polissonografia, colonoscopia, endoscopia digestiva alta e broncoscopia.
Dados são dinâmicos
O grupo Santa informou ao Blog, depois da publicação da nota, que a situação deu um alívio no fim do dia, pois a movimentação de leitos em UTIs é muito dinâmica. No Santa Lúcia Sul, a ocupação de leitos passou para 94%. No Santa Lúcia Norte, para 96%, assim como na unidade do Gama.
Nas unidades Santa Rosa, de Cuiabá, e Ânima, de Anápolis, a ocupação de UTIs passou, respectivamente, para 93% e 98%. No total, o grupo Santa tem 1.100 leitos. O Santa Lúcia é a maior unidade hospitalar privada do Centro-Oeste e vem recebendo dezenas de pacientes de covid recusados por outros hospitais.
Durante a primeira onda da pandemia do novo coronavírus, a rede Santa forneceu 110 leitos para o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta segunda onda, cedeu 30.
Brasília, 17h21min, atualizada às 19h20min