Dados divulgados pela polícia apontam que o afegão, que matou a facadas duas mulheres e deixou vários feridos nesta terça-feira (28/07), estava morando em Portugal havia um ano. Ele é refugiado e perdeu a mulher durante a fuga do país. É pai de três filhos menores.
O homem, que teria problemas psiquiátricos, estudava português no Centro Ismaili, em Lisboa, e costumava fazer refeições por lá. Por isso, entrou facilmente no local com “uma faca de grandes dimensões”, segundo a polícia, e passou a atacar as pessoas que estavam por lá.
As duas mulheres assassinadas são portuguesas e trabalhavam no centro muçulmano, especializado em receber refugiados. Segundo o representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, o crime chocou a todos, pois se trata de uma comunidade pacífica.
Moradores próximos ao centro confirmaram a tranquilidade no local, que recebe centenas de pessoas todos os dias. Estão todos atônitos com a violência cometida pelo afegão, que levou um tiro na perna ao ser contido pelos policiais. Ele foi operado.
Na avaliação do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, não se deve fazer julgamentos precipitados. Mas a polícia está investigando se tratar ou não de terrorismo. Até agora, a percepção é de que foi um ato isolado.