Lula está cada vez mais próximo de Haddad e já detalhou a ele todo o seu plano. Não por acaso, o ex-presidente decidiu que Haddad passará a integrar a equipe de advogados que irá representá-lo junto ao TSE. Como se sabe, o ex-prefeito é bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP).
Levantamentos internos do PT indicam que o nome de Haddad seria o mais palatável neste momento de grande radicalização. O ex-prefeito é visto como um grande conciliador, inclusive com ótimo trânsito na ala do PSDB liderada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Há quem fale, inclusive, que PT e PSDB estão fechados, atuando nos bastidores por um grande acordão político.
Para fortalecer Haddad e sinalizar que ele será o candidato do PT, Lula também escolheu o pupilo para ser o interlocutor do partido junto às Forças Armadas. Foi Haddad quem conversou com o general Eduardo Villas Bôas dentro da proposta dos militares de ouvirem os pré-candidatos. Teoricamente, esse papel caberia a Jaques Wagner, ex-ministro da Defesa e que circula muito bem na caserna.
Há pressa dentro do PT para que o candidato do partido ao Palácio do Planalto seja definido logo, uma vez que os pré-candidatos estão mostrando a cara todos os dias. Mas os petistas reconhecem que não podem jogar Lula aos leões, uma vez que, até o posicionamento oficial do TSE, ele será o candidato oficial à Presidência da República.
O PT aposta tudo na força de Lula para transferir votos a Haddad. Em todas as pesquisas de intenção de votos, Lula aparece na liderança quando citado. O partido também acredita que Haddad atrairá a atenção dos eleitores que dizem que anularão os votos ou votarão em branco.
Brasília, 11h36min