ROSANA HESSEL
As bolsas internacionais atravessam um dia agitado, nesta quinta-feira (24/2), após a confirmação da invasão russa na Ucrânia, como o esperado pelas autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O petróleo disparou e rompeu a barreira de US$ 100 pela primeira vez desde 2014.
Às 9h14, o barril do petróleo tipo Brent era negociado com alta de 7% sobre o fechamento da véspera. Enquanto isso, o indicador futuro do Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), registrava queda superior a 2%, às 9h18, recuando para o patamar de 110 mil pontos após encerrar a véspera pouco acima de 113 mil. Com a abertura dos mercados, a B3 passou a operar no vermelho e, às 10h30, estava em torno de 109 mil pontos com queda de pouco mais de 2%.
Enquanto isso, o dólar está em alta. O DXY, índice da divisa norte-americana negociado em Nova York apresentava alta em torno de 1%.
“Num ambiente já bastante tensionado Rússia invade a Ucrânia segundo notícias desta manhã. Petróleo dispara e mercados reagem em queda. A reação deve ser violenta nesses primeiros dias nos mercados com fulga para ativos seguros e devemos ver o Dólar ganhar contra todas as moedas”, destacou André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos. Apesar do pânico, ele aposta que o real deve voltar a subir.
De acordo com o analista, a alta relevante do petróleo após o início do ataque russo “pode beneficiar empresas sensíveis ao produto”. Entretanto, ele chamou atenção que como estamos na véspera do feriado de carnaval, “isso pode tornar ainda mais cautelosos os mercados locais”.