Um dos momentos de maior tensão foi quando o ministro estava falando e foi interrompido pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO). Ele não deixou ela falar. “A senhora terá a sua vez”, disse. Em seguida, o senador e presidente da CAE, Omar Aziz (PSD-AM), disse que ele não pode mandar uma senadora, que é representante do povo, calar a boca. Guedes negou: “Eu não mandei calar a boca. Não usei a expressão calar a boca. Kátia, rebateu: “Mandou sim”. E ele respondeu: “A senhora não me deixa falar”.
Guedes se preparou bastante para responder às perguntas dos senadores, mas não deixou de sair do script e dar algumas patadas nos parlamentares que chegaram a reclamar, para o desespero de seus auxiliares. “Ele é assim mesmo”, disse uma fonte do governo.
Resta saber, como é que Guedes vai se comportar quando for à CCJC, na próxima quarta-feira (3/04), onde os deputados da oposição vão ser muito mais incisivos e críticos do que os senadores.
Enquanto o barraco rolava no Senado, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) ampliou a queda, encerrando os negócios nos 91.903 pontos, com baixa de 3,57%. O dólar disparou 2,25%, cotado a R$ 3,955 com a expectativa de que a PEC 2, de 2015, aprovada ontem em votação recorde na Câmara, seja votada ainda nesta quarta-feira, 27 de março, no Senado.