ROSANA HESSEL
FERNANDA STRICKLAND
Apesar de não ver com bons olhos a medida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, nesta quinta-feira (10/03), que o governo pode criar um programa de subsídios para os combustíveis, caso a guerra na Ucrânia se agrave. Seria uma reação a uma pressão maior sobre as cotações do petróleo no mercado internacional.
“Se isso se resolve em 30, 60 dias, a crise estaria endereçada. Mas vai que isso começa a ter uma escalada, aí sim você começa a pensar em subsídio para o diesel”, disse Guedes, em entrevista depois de o Senado aprovar um projeto que cria uma conta de estabilização dos preços dos combustíveis.
O ministro acrescentou: “Vamos nos movendo de acordo com a situação. A pandemia parece que está indo embora. Saímos dessa guerra terrível e fomos atingidos por essa outra, que é grãos e petróleo”. O governo teme uma combinação explosiva de alta de preços dos alimentos e dos combustíveis.
Nesta quinta-feira, a Petrobras anunciou reajuste de 24,9% no diesel, de 18,7% na gasolina e de 16,1% no gás de cozinha. Segundo a empresa, foi uma medida para reduzir a defasagem nos preços praticados no país e os cobrados no exterior. O barril do petróleo caminha para os US$ 150.
Brasília, 20h31min