Com base nesses cenários, os fundos montaram uma série de posições para se protegerem e, principalmente, tirarem proveito dos resultados das eleições. Se Bolsonaro vencer, por exemplo, a Mauá Capital aposta que o Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas na Bolsa de São Paulo (B3), chegará aos 95 mil pontos (hoje, está 82.500 pontos). Em compensação, numa eventual vitória de Haddad, o Ibovespa cairá para os 60 mil pontos.
A Kapitalo está ainda mais otimista. Vê, se Bolsonaro ganhar a disputa pelo Palácio do Planalto, chances de o Ibovespa bater 99 mil pontos, o que significaria alta de 20% em relação à pontuação desta sexta-feira (05/10). A mesma instituição prevê queda de 15% no dólar, também em vitória do candidato do PSL, dos atuais R$ 3,87 para algo próximo de R$ 3,40.
Na visão do Credit Suísse, com Bolsonaro vitorioso, o Ibovespa vai a 90 mil pontos e o dólar, a R$ 3,70. Em caso de vitória de Haddad, a Bolsa cairá para os 65 mil pontos e o dólar avançará até R$ 4,40. Cenário semelhante é traçado pela Porto Seguros Investimentos: com Bolsonaro ganhando, o Ibovespa vai a 90 mil pontos e o dólar a R$ 3,70. Com Haddad, Bolsa a 75 mil pontos e dólar a R$ 4,30.
Independentemente da vitória de Bolsonaro ou de Haddad, quase todos os fundos ouvidos pela XP esperam alta dos juros, pois a inflação ficará acima da meta. O Banco Central, inclusive, já indicou que poderá elevar a taxa básica (Selic) nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom.
Brasília, 15h01min