Grandes bancos fazem segunda maior provisão da história

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ROSANA HESSEL

Levantamento feito pela Economática junto ao balanço do primeiro trimestre dos grandes bancos do país revela que a provisão de recursos contra calotes do primeiro trimestre de 2020 é a segunda maior da história. O valor do Provisionamento para Devedores Duvidosos (PDD) de quatro instituições financeiras, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil somou R$ 28,38 bilhões de janeiro a março, um sinal de antecipação ao aumento da inadimplência que está por vir devido à crise provocada pela Covid-19.

“O valor consolidado é o segundo maior valor trimestral já registrado historicamente. O maior valor anterior foi no quarto trimestre de 2019 com R$ 28,49 bilhões”, destacou Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática, em relatório divulgado nesta segunda-feira (11/05). A consultoria utilizou os balanços do primeiro trimestre publicados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O Itaú lidera o provisionamento, com R$ 10,8 bilhões, seguido pelo Bradesco, com R$ 7,3 bilhões, Banco do Brasil com R$ 6,6 bilhões e Santander com R$ 3,5 bilhões. Dos quatro balanços avaliados, a consultoria constatou que  Santander e Banco do Brasil registram redução no PDD no primeiro trimestre de 2020 com relação ao quarto trimestre de 2019.

Menor lucro desde 2017

Os dados levantados pela Economática revelam que o lucro líquido consolidado pelos grandes bancos no primeiro trimestre somou R$ 13,7 bilhões, menor valor registrado desde o terceiro trimestre de 2017 quando o lucro foi de R$ 13,5 bilhões.

Com R$ 3,77 bilhões de lucro no primeiro trimestre de 2020 e pela primeira vez desde que o Santander foi listado na bolsa, o banco tem o melhor resultado trimestral com relação aos seus concorrentes. Na sequência, ficaram Itaú Unibanco, com R$ 3,4 bilhões; Bradesco, com R$ 3,38 bilhões; e Banco do Brasil, com R$ 3,2 bilhões.

Vicente Nunes