ROSANA HESSEL
A equipe econômica prevê um salário mínimo de R$ 1.302 a partir de janeiro do ano que vem, conforme dados do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 divulgado nesta quarta-feira (31/8) pelo Ministério da Economia, e que manteve em R$ 400 o Auxílio Brasil — programa que substituiu o Bolsa Família — em vez dos R$ 600 que vem sendo prometidos pelo presidente Jair Bolsonaro.
O documento considera para esse valor uma correção de R$ 90, sobre o piso atual, de R$ 1.212. Essa taxa é a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, estimado em 7,41% no terceiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. Será o quarto ano seguido que o salário mínimo não terá aumento real, ou seja, acima da inflação.
Conforme os dados do PLOA de 2023, o governo prevê crescimento de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) e alta de 4,50% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial.
Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, o salário mínimo previsto era de R$ 1.294, considerando os parâmetros macroeconômicos da LDO, o aumento seria de R$ 82, com IPCA de 3% e crescimento de 2,5% do PIB. A regra ainda previa a taxa básica de juros encerrando o ano em 10%. E, no PLOA, a previsão para a Selic em 2023 subiu para 12,49%.