Agora sob o guarda-chuva do Ministério da Cidadania, a determinação é cortar ao máximo o número de cargos da Aglo, cujos salários variam de R$ 15 mil a R$ 21 mil. O ministro Osmar Terra, e o secretário de Esportes, general Marco Aurélio Vieira, planejam reduzir à metade os 91 funcionários da autarquia, que sucedeu à Autoridade Pública Olímpica (APO).
A Aglo, como se sabe, tem prazo de validade. Está prevista para encerrar as suas atividades em junho deste ano, se houver concessão dos centros olímpicos sob sua administração à iniciativa privada. A autarquia foi criada depois das Olimpíadas do Rio de Janeiro, quando fracassaram as iniciativas do então prefeito, Eduardo Paes, de repassar o parque olímpico para a exploração de empresas.
A Autoridade de Governança do Legado Olímpico administra as arenas Carioca I e II, o velódromo e o Centro Olímpico de Tênis. Enquanto espera as parcerias empresariais, entretanto, o governo Bolsonaro vai tratar de enxugar a autarquia. Integrantes do governo estão convictos de que mais de 90 pessoas para cuidar dessa estrutura é um exagero.
Sabe-se que a Aglo virou um cabide de emprego para apadrinhados da parcela do MDB derrotada nas urnas. Então ministro dos Esportes, quando a Aglo foi criada, Picciani aproveitou os cargos com excelentes salários para agraciar aliados políticos. Foi uma farra. Quem trabalha lá sabe que muita gente nem aparece para assinar o ponto, mesmo assim, não tem descontos no contracheque.
Em 2018, o orçamento da Aglo foi de R$ 174 milhões. Para este ano, baixou para R$ 166 milhões, apesar do prazo de validade vencer daqui a seis meses.
Brasília, 22h01min