Na avaliação de integrantes do Palácio do Planalto, se realmente esses procuradores saírem candidatos, delegados da polícia federal também poderão aderir à onda. A bandeira, óbvia, será a Operação Lava-Jato, que os tradicionais caciques da política querem enterrar para se livrarem da prisão.
O próprio presidente da República, Michel Temer, ressaltou, por diversas vezes, em rodas de políticos, que hoje não há nenhum nome forte para disputar a Presidência da República no ano que vem. Ele não descarta o surgimento de uma força jovem, desvinculada da imagem de políticos que tanto o eleitorado repudia.
Jovens e bem-sucedidos
Também está sendo observado um grupo de jovens bem formados e bem empregados se movimentando nas redes sociais a fim de se candidatarem em 2018. Eles têm se posicionado firmemente sobre temas com grande apelo popular, como o combate à corrupção e a eficiência dos gastos públicos.
Esse movimento, identificou o Planalto, é forte e irreversível. Há uma ansiedade da população pelo novo. O grande temor é que surjam aventureiros, como Fernando Collor de Mello em 1989. Mas será difícil sustentar um discurso vazio com as redes sociais tão ativas.
O governo acredita que 2018 poderá ser o início de um verdadeiro movimento de renovação na política, sobretudo no Congresso. Líderes de partidos que hoje dão as cartas na política tendem a ser varridos do mapa. Tomara seja verdade.
A suruba política cantada em verso e prosa pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tanto envergonha o país, deve ser substituída por uma festa de salão menos perversa para a sociedade.
Brasília, 12h01min