Crédito: Nelson Almeida/AFP

Governo está sendo massacrado nas redes, admitem assessores do Planalto

Publicado em Economia

Assessores do presidente que monitoram as redes sociais admitem que o governo está sendo massacrado nas redes sociais. Território em que o presidente Jair Bolsonaro transita muito bem, desta vez, está sendo fonte eficiente de ataque ao governo.

 

A derrota do governo nas redes sociais decorre das declarações de Roberto Alvim (foto), secretário de Cultura, que usou o discurso do ministro nazista Joseph Goebbels para falar do lançamento do Prêmio Nacional de Artes. Esse discurso engrossou o coro daqueles que acusam o governo de Bolsonaro de autoritário.

 

Segundo os assessores, a sova que o governo está tomando nas redes sociais ficou maior, porque o discurso nazista de Alvim veio logo depois das acusações de que o secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, teria se beneficiado de contratos fechados com clientes de sua empresa, redes de tevê e agências de publicidades agraciadas com verbas públicas.

 

Para os assessores, Bolsonaro terá que ser muito contundente em suas declarações após a demissão de Alvim, pois precisa convencer seu eleitorado de que não compartilha das mesmas ideias de defensores do nazismo nem com malfeitos no governo. O problema, acrescentam os mesmos assessores, é que Bolsonaro anda muito calado, um sinal de que apoia tudo que está sendo criticado.

 

Política

 

O governo não está apanhando apenas nas redes sociais, mas também no meio político. Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, criticaram, de forma contundente, Roberto Alvim.

 

Também o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, soltou nota classificando como inaceitáveis as declarações de Alvim. Vale lembrar que Toffoli se aproximou muito de Bolsonaro nos últimos meses.

 

Os assessores do Planalto dizem que foi montada uma estratégia para tentar reverter os estragos feitos por Alvim e Wajngarten, mas os resultados, até agora, foram pouco efetivos. O governo está em uma desvantagem monumental em relação aos que lhe atacam.

 

Brasília, 12h16min