A equipe econômica entrou em estado de alerta com a vitória de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Tanto o Ministério da Fazenda quanto o Banco Central estão acompanhando todas as movimentações dos investidores para evitar movimentos atípicos.
O presidente do BC, Ilan Goldfajn, diz que está de olho em todos as operações. A autoridade monetária quer evitar movimentos atípicos. Uma disparada muito forte do dólar pode atrapalhar o controle da inflação, que vem perdendo força, mas não na velocidade esperada pelo BC.
A expectativa do governo brasileiro é de que o Trump presidente seja muito diferente do republicano que prevaleceu na campanha eleitoral. O Palácio do Planalto acredita que os próximos discursos de Trump serão mais conciliadores, como já se viu no discurso de vitória.
Se isso se confirmar, os mercados tendem a se acalmar. Mas a tensão estará latente. Qualquer palavra de Trump fora de contexto reativará o nervosismo. O dólar abriu o dia com alta de mais de 1% e a Bolsa de Valores de São Paulo acumula queda de quase 3%.
Brasília, 11h10min