Como diz um dos ministros mais próximos do presidente Michel Temer, hoje, a reforma está mais próxima da vitória na Câmara do que da derrota. As últimas negociações com os partidos da base e o fechamento da questão pelo PMDB e pelo PTB mudaram os rumos da reforma.
Até a semana passada, o governo já admitiu deixar a votação da reforma para 2018. Agora, com os partidos da base aliadas dando sinais mais favoráveis à reforma e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mudando o discurso e se mostrando mais otimista, Temer acredita que o governo está pronto para ir para o tudo ou nada.
Cobrança de ministros
A determinação do Planalto é para que os aliados se concentrem em três partidos para solidificar os votos: PP, PR e PSD. Essas legendas reúnem mais de 100 parlamentares. É muito para os planos do governo, que precisa de, no mínimo, 308 votos para sair vitorioso na Câmara.
Os mais otimistas dentro do governo já falam na possibilidade de a reforma ser aprovada com 330 votos. É esse o placar que o governo considera seguro para ir à votação em plenário. É com essa visão que o Planalto liberou o início das discussões já na segunda-feira, 11, com o relator da reforma, Arthur Maia, totalmente engajado.
Ciente de que todo o jogo precisa ser muito bem amarrado, para evitar uma derrota que enfraqueceria ainda mais o governo, o presidente Temer determinou aos ministros e integrantes do PP, do PR e do PSD para que garantam o maior número de votos para a reforma.
No entorno do presidente, há quem detone a fragilidade do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para enquadrar o partido dele, o PSD. Dos 38 parlamentares, fala-se que somente oito estão realmente fechados com a proposta de mudança no sistema previdenciário. Meirelles, para esse grupo, precisa provar sua capacidade de articulação política até para se viabilizar como candidato à Presidência da República.
Brasília, 19h34min