Gato escaldado tem medo de água fria: Bolsonaro priorizará qualidade no Aliança pelo Brasil

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RODOLFO COSTA

O Aliança pelo Brasil tem potencial para se tornar uma sigla com representatividade significante em todo o país no Executivo e Legislativo nas esferas estadual e municipal. No entanto, embora essa capacidade não possa ser desprezada, o presidente Jair Bolsonaro tratou de frear a euforia dos mais empolgados.

Na reunião de terça-feira (12/11) com os deputados, pediu que os parlamentares não tentem emplacar prefeitos e vereadores pensando em quantidade de candidaturas, mas, sim, em qualidade e confiabilidade dos indicados.

A popularidade de Bolsonaro é uma faca de dois gumes. Ao mesmo passo que ela é capaz de atrair nomes alinhados ao perfil do presidente, também atrai pessoas interesseiras. É a leitura que fazem aliados. Para eles, isso ocorreu nas últimas eleições. “O presidente foi traído por pessoas que se elegeram fazendo associações ao seu nome ou na narrativa defendida por ele, como o (João) Doria (governador de São Paulo), o (Wilson) Witzel (governador do Rio de Janeiro) e a (deputada) Joice (Hasselmann). A ordem para 2020 é emplacar pessoas de confiança”, explicou um aliado ao Blog.

O pedido de Bolsonaro em priorizar candidatos fiéis e de confiança foi bem acolhido. Os deputados prometem, agora, ser ainda mais criteriosos. Afinal, a romaria de postulantes a prefeituras e às câmaras de vereadores procurando parlamentares está a todo vapor. De norte a sul do país, congressistas estão sendo procurados para ter sua imagem associada à campanha. Em São Paulo, por exemplo, candidatos filiados ao PSL em Catanduva, São José do Rio Preto, Franca e Ribeirão Preto sinalizaram até a vontade de se desfiliar a fim de migrar para o Aliança em março.

Vicente Nunes