Não por acaso, as filas nos postos são grandes. “Temos que aproveitar as oportunidades. Assim que o tanque do meu carro chega à metade, já vou ao posto abastecer. Faço isso sempre onde os preços estão mais baixos”, destaca o contador Luiz Guerra, 53 anos. “O bom é que tenho conseguido abastecer sempre com a gasolina abaixo de R$ 4”, acrescenta.
Para os consumidores, a preferência é pagar a gasolina com cartão de crédito. “Sempre priorizo os postos em que não há diferenciação de preços. Sinceramente, não sei o porquê de os postos diferenciarem preços. No cartão é muito mais seguro tanto para mim quanto para o posto. Mas parece que muitos estabelecimentos não veem assim”, comenta Sérgio Santo, 33, especialista em computação gráfica.
Os consumidores não acreditam muito que os preços mais baixos da gasolina vão permanecer nos atuais níveis por muito tempo. Atribuem isso à queda no consumo, uma vez que a cidade está vazia por causa do período de férias. “Assim que o movimento voltar ao normal, os preços vão subir de novo”, afirma Luiz Guerra. “Já estou me preparando psicologicamente.”
Segundo os especialistas, além do consumo menor, que aumenta os estoques nos postos, estão empurrando os preços dos combustíveis para baixo a queda do dólar e o comportamento menos volátil da cotação do petróleo no mercado internacional.
A Petrobras tem levado esses dois indicadores como parâmetro na hora de definir os preços nas refinarias. Desde julho do ano passado, os preços da gasolina já mudaram mais de 100 vezes, deixando os consumidores completamente perdidos.
Brasília, 06h00