Os brasilienses que forem abastecer o carro neste fim de semana terão uma boa surpresa. Há postos vendendo o litro da gasolina por R$ 3,44. Nao se vê o combustível abaixo de R$ 3,50 há pelo menos um ano. A razão para a queda de preço: o fim do cartel dos postos.
Durante mais de uma década, os brasilienses foram vítimas de um esquema de combinação de preços que causou prejuízos de pelo menos R$ 1 bilhão por ano. No início deste ano, finalmente o cartel começou a ser desmontado, por meio de uma operação comandada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).
Antes de encher o tanque, porém, pesquise os preços, que variam muito de um posto para o outro. Que o diga o contador Jorge Gonçalves, 48 anos. “Estou sempre atento às oportunidades. Quando vejo um posto vendendo gasolina mais barata do que o de costume, encho logo o tanque”, afirma. “No fim do mês, isso faz uma boa diferença”, assinala.
Jorge conta que apenas na EPTG, uma das principais vias do Distrito Federal, viu os preços da gasolina variando entre R$ 3,44 e R$ 3,65 neste sábado. “É muita coisa. Dá para economizar uma boa grana quando se aproveita o preço mais baixo”, afirma. A costureira Luiza Antunes, 59, acrescenta: “Em tempos de inflação tão alta, como o atual, qualquer real economizado é um ótimo negócio”, afirma.
Desde março, quando, efetivamente, ocorreu a intervenção do Cade na maior rede de postos do DF, a Gasol, o preço da gasolina caiu, em média, 11%. À época, o litro do combustível estava sendo negociado perto de R$ 4. “Acredito que, depois de tanto abuso, o preço na bomba pode cair mais”, diz Luiza. “O que nos ajuda, é que as pessoas estão moderando o consumo de combustível. É isso que também obriga os postos a baixarem os preços”, destaca.