Gerentes de postos dizem que decidiram manter a gasolina abaixo de R$ 4 porque o movimento nos postos não está tão forte quanto se imaginava. A percepção é de que, com a proximidade do fim do ano, muita gente está saindo de férias e viajando para fora de Brasília.
“Estamos operando com uma queda entre 2% e 3% nas vendas de combustíveis. Não é nada significativo, mas isso nos força a manter os preços nas bombas mais acessíveis para os motoristas”, diz um gerente de um posto. Além disso, a Petrobras não vem mexendo tanto nos preços nas refinarias nos últimos dias.
Além do movimento abaixo do esperado, a concorrência está forçando os postos e trabalharem com preços menores. Um posto sem bandeira abriu as portas recentemente em Águas Claras, às margens da EPTG, com o litro da gasolina a R$ 3,899. O estabelecimento ao lado, da rede Ipiranga, teve que praticar o mesmo valor para não perder clientes.
Nesta semana, o posto Ipiranga decidiu reajustar a gasolina de R$ 3,899 para R$ 3,949. Mas foi obrigado a voltar atrás porque a clientela reclamou. Neste fim de semana, retornou ao preço antigo, de R$ 3,899, o que foi comemorado pelos motoristas.
Para os especialistas, a concorrência é o melhor instrumento para regular o mercado. Os motoristas estão dando valor aos centavos. Ou seja, não abrem mão do melhor preço. Muitos já saem de casa em busca de promoções para manter o tanque do carro cheio.
É o caso de Antonio Gurgel, 42 anos, corretor de imóveis. “A ordem lá em casa é só botar gasolina no carro em postos que pratiquem preços abaixo de R$ 4”, diz. Ele ressalta que também privilegia os postos que dão maior facilidade no pagamento. Há aqueles que só aceitam dinheiro, outros que diferenciam os valores nas bombas quando pagamento é feito em dinheiro, cartão de débito e cartão de crédito. E há aqueles que não distinguem a forma de pagamento.
Brasília, 17h44min