Os preços mais baixos da gasolina — o litro está sendo vendido por até R$ 3,37 — não estão atraindo a clientela que os postos esperavam. Para reverter a queda nas vendas, os estabelecimentos decidiram aumentar as facilidades. Estão parcelando os valores em até três vezes no cartão de crédito.
Foto: Rodrigo Nunes/ CB/Press
Segundo gerentes, está valendo tudo para ampliar as vendas, que sofrem um baque por causa da recessão. Mesmo com os preços da gasolina tendo caído quase 15%, em média, desde março último, quando houve intervenção do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) na maior rede do Distrito Federal, a Cascol, o consumo não decolou como o esperado.
O Distrito Federal enfrentou, por quase duas décadas, um cartel dos combustíveis que lesou os consumidores em pelo menos R$ 1 bilhão por ano. A máfia, que combinava presos, foi desbaratada por meio da Operação Dubai, comandada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), pela Polícia Federal e pelo Cade.
Na opinião dos especialistas, mesmo como todas as facilidades oferecidas pelos postos de combustíveis, é preciso ter cuidado. A primeira dica é pesquisar preços, porque a variação de valores é grande. Segundo, porque não é recomendável ficar parcelando a compra de gasolina todos os meses, pois as dívidas no cartão de crédito vão se acumular e os consumidores correm o risco de caírem no rotativo, pagando juros de quase 450% por ano.
Brasília, 11,15min