O reajuste da gasolina foi anunciado pela Petrobras nesta quinta-feira, 31 de agosto, e foi o maior desde que a estatal mudou, em 3 de julho, a sua política de preços, com variações quase que diárias. Desde então, o valor da gasolina nas refinarias já subiu 10,1%.Em agosto, especificamente, a gasolina teve alta de 7,31%.
Nos postos do Distrito Federal, os preços da gasolina têm variando, na média, em R$ 3,97. Mas há estabelecimentos cobrando até R$ 4,09. Há suspeitas de que os postos voltaram a combinar preços, caracterização pratica de cartel, que foi combatida pelo Ministério Público, pela Polícia Federal e pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).
Seguindo a política de ajustes quase que diários nos preços, a Petrobras anunciou que o diesel também ficará mais caro: 0,8%. Desde o início de julho, o combustível acumula alta de 12,37%. Quando o diesel sobe, os fretes de mercadorias também se elevam, encarecendo as mercadorias que transitam pelas estradas do país.
Peso no orçamento
Não à toa, os consumidores têm reclamado muito. Alegam que os preços dos combustíveis subiram demais nos últimos dois meses, estragando o orçamento das famílias. Vários consumidores foram obrigados a deixar os carros nas garagens, pois não conseguem mais encher o tanque todas as semanas.
O problema é que o transporte público no Distrito Federal é um horror. E caro. Os ônibus não circulam por todas as áreas e o metrô é limitado. Ou seja, os motoristas estão ficando sem opção. Não conseguem tirar o carro da garagem, por falta de recursos, mas também não têm acesso a um transporte público de qualidade. Assim, fica muito difícil.