HAMILTON FERRARI
Os motoristas que se dispuserem a pesquisar os preços da gasolina poderão encher o tanque por R$ 4,089 no final do Pistão Norte, em Taguatinga. É o valor mais baixo encontrado no Distrito Federal. O posto tem atraído, sobretudo, motoristas de empresas de aplicativos. Para eles, quando menor for o valor do combustível, maior é o retorno das corridas.
A gasolina mais barata tem sido beneficiada pela queda do dólar (a moeda voltou a ficar abaixo de R$ 3,75) e da quase estabilidade da cotação do petróleo no mercado internacional. Não há, portanto, motivos para a Petrobras mexer muito nos preços dos combustíveis nas refinarias.
No Plano Piloto, porém, os consumidores estão sendo prejudicados por uma espécie de cartel. A impressão que se tem é que os postos estão combinando os valores. Por isso, a grande resistência para reduzir o preço do combustível nas bombas. Na média, o valor da gasolina no Plano está em R$ 4,599. Mas há estabelecimentos cobrando, sem qualquer justificativa, R$ 4,799 o litro.
Para os especialistas, os consumidores não devem se acomodar. Mesmo que os postos que vendem gasolina mais barata fiquem um pouquinho mais longe, sempre vale a pena abastecer por lá. Essa dica vale, principalmente, para aqueles que rodam muito e enchem o tanque uma vez por semana.
Mesmo que a economia seja de centavos, a dica é procurar postos com preços mais baixos da gasolina. No fim do mês, a economia sempre faz a diferença. Os postos, ressaltam os especialistas, estão praticando os menores valores nas bombas desde a greve dos caminhoneiros.
Não custa lembrar que a Petrobras continua mexendo nos preços dos combustíveis quase que diariamente nas refinarias. Há, porém, estudos para que a estatal mude essa metodologia. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) fez uma audiência pública sobre o tema. Colheu uma série de sugestões, e, agora, vai debatê-las de forma a contribuir para que a política de preços dos combustíveis seja mais transparente.
Brasília, 11h38min