Os fundos de pensão de empresas estatais deveriam zelar pelo dinheiro de seus associados, patrimônio poupado com muito esforço para garantir uma aposentadoria mais tranquila a todos. Nos últimos anos, porém, o que se tem visto é um quadro de má gestão, de enriquecimento ilícito de gestores, de aplicações mal feitas e de corrupção, colocando em risco o bem estar de milhões de trabalhadores justamente no momento em que eles mais precisarão de recursos para se sustentarem.
Não por acaso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criou uma força-tarefa para apurar em detalhes os desvios nos fundos de pensão. Janot designou três procuradores que devem trabalhar em conjunto para investigar 28 casos com indícios de fraudes e má gestão na Funcef, a fundação dos empregados da Caixa Econômica Federal); na Previ (do Banco do Brasil), na Postais (dos Correio) e na Petros (da Petrobras). Os quatro fundos registraram prejuízos com fraudes de pelo menos R$ 7 bilhões. As investigações estão em fase inicial e correm sob sigilo de Justiça.
Estão na força-tarefa os procuradores da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, lotado na Procuradoria da República no Distrito Federal; Aldo de Campos Costa, da Procuradoria da República no Município de Araguaína (TO), e Paulo Gomes Ferreira Filho, da Procuradoria da República no Rio de Janeiro. Os primeiros levantamentos mostram um antro de corrupção nos fundos.
Brasília, 15h10min