O governo de Michel Temer colheu uma derrota logo no primeiro teste do programa de privatização. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que suspendeu a venda do controle acionário da Celg, a companhia de eletricidade de Goiás, por falta de interessados. O leilão de venda estava marcada para sexta-feira, 19. O prazo para a entrega de propostas se encerrava nesta terça-feira.
O BNDES foi enfático: “A disputa foi considerada deserta por falta de interessados”. O governo pretendia arrecadar, no mínimo, R$ 2,8 bilhões com a privatização da Celg, valor considerado elevado pelos investidores, devido à péssima situação financeira da concessionária. O Ministério de Minas e Energia promete rever o preço mínimo.
O processo de privatização e concessões, que está sendo preparado pelo governo, prevê a entrada de R$ 55 bilhões no caixa do Tesouro Nacional em 2017. Esse dinheiro é considerado vital para que não haja estouro no deficit previsto nas contas públicas, de R$ 139 bilhões.
Brasília, 14h05min