Forças Armadas já preparam hospitais de campanha para atender vítimas do coronavírus

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Ciente de que o sistema de saúde tradicional não será suficiente para atender o grande número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, as Forças Armadas já estudam a possibilidade de recorrer aos hospitais de campanha para dar suporte no combate à Covid-19.

Esses hospitais foram concebidos para emprego em operações militares e operações humanitárias, possuindo, portanto, baixa capacidade de leitos, “devendo ser adaptados às condições da presente pandemia”.

O ministério afirma que, “devido à possibilidade de elevada demanda e da limitada disponibilidade e capacidade desses meios, o apoio dos hospitais de campanha será avaliado com especial cuidado”.

“Além disso, Marinha, Exército e Aeronáutica poderão apoiar as triagens de pessoas com suspeita de infecção para encaminhamento a hospitais”, acrescenta.

Centros de operação

Segundo o ministério , foi ativado, na última sexta-feira (20/03), o Centro de Operações Conjuntas para atuar na coordenação e planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à Covid-19. Também foram ativados 10 Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (Comae), de funcionamento permanente.

O Ministério da Defesa informa ainda que as Forças Armadas “permanecerão em condições de disponibilizar recursos operacionais e logísticos quando se fizerem necessários para apoiar as ações”. Acrescenta que os militares poderão ser empregados no apoio às ações federais, no controle de passageiros e tripulantes nos aeroportos, portos e terminais marítimos, e no controle de acesso das fronteiras.

Mais: unidades militares especializadas em Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) poderão ser empregadas para descontaminação de pessoal, ambientes e materiais. O ministério informa, também, que vem recebendo diversas demandas de apoio de órgãos estaduais, municipais e outros. “Tais demandas estão sendo direcionadas aos Comandos Conjuntos responsáveis pelos locais demandados, para avaliar a possibilidade de atendimento”, frisa.

Vicente Nunes