Integrantes do governo e do Congresso garantem que foi o senador Ciro Nogueira (PP-PI) quem repassou a ameça do ministro da Defesa, general Braga Netto, “de que não haveria eleições em 2022 se não houvesse voto impresso auditável”, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Braga Netto, do alto de sua arrogância e de seu bolsonarismo exacerbado, acreditou que poderia intimidar o Congresso ao ameaçar o país com um golpe militar. Ciro e Lira, que de bobos não têm nada, se aproveitaram do fato para disparar um tiro no ministro e nos principais militares que ocupam cargos estratégicos no Planalto.
Como dizem integrantes do governo, foi a vingança do Centrão, que foi levado para o governo pelas mãos do militar mais próximo do presidente Jair Bolsonaro, o general Luiz Eduardo Ramos, que está perdendo a Casa Civil para Ciro Nogueira.
Foi Lira quem fez chegar o delírio de Braga Netto ao jornal Estado de S. Paulo. Os personagens principais desta crise continuarão negando oficialmente o que fizeram e falaram. Mas todos sabem que Braga Netto ameaçou, sim, com um golpe militar. E que tanto Ciro quanto Lira decidiram posar de protetores da democracia.
Brasília, 19h35min