FMI melhora projeção para PIB do Brasil e faz alerta sobre inflação global

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ROSANA HESSEL

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou as projeções de crescimento da economia mundial e melhorou as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano e no próximo e fez um alerta de que a inflação continuará acima da meta na maioria dos países até 2025.

A previsão de alta do PIB brasileiro de 2023 passou de 2,1% para 3,1% e a de 2024, foi elevada de 1,2% para 1,5%, conforme dados do relatório Panorama Econômico Global, divulgado nesta terça-feira (10/10).

Enquanto isso, a expectativa de crescimento do PIB global deste ano foi mantida em 3% e, a de 2024, recuou de 3% para 2,9%. Na comparação com o avanço de 3,5% de 2022, é nítido o processo de desaceleração. As projeções permanecem abaixo da média histórica de 3,8% de 2000 a 2019.  “Previsões para o crescimento do PIB mundial a médio prazo, de 3,1%, estão entre as mais baixas em décadas, e as perspectivas para os países alcançar padrões de vida mais elevados são fracos”, alertou o documento de 182 páginas divulgado no encontro do FMI e do Banco Mundial realizado em Marraquexe, Marrocos.

Conforme o relatório do FMI, o PIB das economias avançadas vai desacelerar de 2,6%, em 2022, para 1,5%, em 2023, e para 1,4%, em 2024, apesar da expansão dos Estados Unidos mais forte do que o esperado, mas um crescimento mais fraco na Zona do Euro.

Para os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, também haverá desaceleração do crescimento, de 4,1%, em 2022, para 4%, em 2023 e em 2024. Conforme os dados atualizados, houve uma redução de 0,1 ponto percentual em 2024, refletindo a crise do setor imobiliário da China. De acordo com o relatório, o PIB chinês deverá crescer 5,2% neste ano, abaixo dos 5,3% previstos em julho.

O FMI ainda prevê que a inflação global diminua de forma constante, de 8,7%, em 2022, para 6,9%, em 2023, e para 5,8%, em 2024. Contudo, essas novas previsões foram revistas e aumentaram 0,1 ponto percentual e 0,6 ponto percentual, respectivamente. “E não se espera que a inflação regresse ao nível meta até 2025 na maioria dos casos”, alertou o organismo multilateral.

Vicente Nunes