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FMI melhora PIB do Brasil em 2021, mas piora o de 2022

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou em 1,6 ponto percentual a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2021, de 3,7% para 5,3%, em linha com as projeções do mercado mas abaixo da média global, de 6%. Para 2022, reduziu de 2,6% para 1,9% as estimativas de expansão do país. 

 

A nova estimativa faz parte da atualização das previsões do Panorama Econômico Global (WEO, na sigla em inglês) divulgado em abril pelo FMI, que costuma ocorrer três meses depois do relatório. O documento divulgado nesta terça-feira (27/7) pelo organismo multilateral manteve em 6% a previsão de crescimento mundial neste ano e elevou de 4,4% para 4,9% a expectativa de expansão global do ano que vem.

 

O FMI melhorou as previsões de crescimento dos Estados Unidos tanto de 2021 quanto de 2022, passando de 5,1% para 5,6% e de 3,6% para 4,4%, respectivamente. Em relação às economias emergentes, o Fundo reduziu em 0,4 ponto percentual a previsão de crescimento deste ano, para 6,3%. Essa redução ocorreu devido, principalmente, à redução em 0,3 ponto percentual da projeção para a expansão do PIB chinês, principal motor da economia global, para 8,1%. Já a perspectiva  para o PIB indiano encolheu 3 pontos percentuais, para 9,5% ponto percentuais. para 2022, o Fundo elevou de 5% para 5,2% a previsão de alta do PIB dos emergentes. 

 

Em relação à América Latina, o FMI melhorou a previsão de expansão do PIB regional de 2021 em 1,2 ponto percentual, para 5,8%, acima da previsão de alta do PIB brasileiro, que continuará com desempenho inferior à média global, à média dos emergentes e à média regional. O Brasil também deverá crescer menos do que o México neste ano e no próximo, pois o Fundo elevou de 5% para 6,3% a perspectiva de expansão do país latino-americano em 2021 e revisou de 3% para 4,2% a previsão de alta do PIB mexicano em 2022 .

 

De acordo com o Fundo, as novas perspectivas apontam linhas divergentes de recuperação entre os países devido aos avanços desiguais da vacinação desde abril de 2021, quando o Fundo divulgou a previsão anterior.  “O acesso à vacina surgiu como a principal falha na qual a recuperação global se divide em dois blocos: aqueles que podem esperar uma maior normalização da atividade ainda este ano (quase todos avançados economias) e aqueles que ainda enfrentarão o ressurgimento de infecções e o aumento do número de mortes de covid-19. A recuperação, no entanto, não é garantida, mesmo em países onde as infecções são atualmente muito baixas, desde que o vírus circule em outros lugares”, alertou o documento.