ROSANA HESSEL
Em meio à constante piora nas expectativas econômicas do Brasil e do mundo devido aos impactos da pandemia da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, o Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (Cemap-FGV-SP) já prevê queda de até 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Essa é a projeção para o cenário mais pessimista, confirmando o fato de o país já estar mergulhando em uma recessão sem precedentes.
No cenário mediano ou básico da FGV, a queda do PIB brasileiro seria de 2,5%, que considera os efeitos parecidos com a crise financeira global de 2008-2009. Já no cenário mais otimista, que leva em em conta a conjuntura da greve dos caminhoneiros de 2018, o crescimento seria nulo.
O cenário mais pessimista combina os efeitos das duas hipóteses mais brandas. O modelo econométrico usado pela equipe coordenada pelo professor da FGV em São Paulo Emerson Marçal estimou os efeitos potenciais da sobre a atividade econômica de 2020 a 2023. Pelas projeções do Cemap, no melhor dos cenários, os efeitos negativos da pandemia só devem se dissipar em 2021.
“No pior cenário, efeitos significativos ainda poderão ser sentidos em 2023. Medidas que mais rapidamente mitiguem e contenham a epidemia em território brasileiro são imperativas para atenuar grande parte dos danos à atividade econômica”, destacou o estudo divulgado nesta sexta-feira (20/03) e ao qual o Blog teve acesso.