O saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terá impacto de 0,61 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, segundo estudo do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Na prática, o montante liberado para os trabalhadores deve evitar que o país tenha um terceiro ano recessivo consecutivo.
A expectativa do mercado é que a economia brasileira cresça 0,34% em 2017. O governo tem uma aposta mais otimista, de expansão de 0,5%. Independente do resultado, o impacto do FGTS será fundamental para tirar o país do negativo.
Levando em conta as projeções dos analistas, o PIB teria retração de 0,27% tirando o efeito dos saques, o que evita que o país amargure mais um ano recuo da economia, depois de cair 3,8%, em 2015, e 3,6% em 2016.
O volume retirado das contas inativas superou as expectativas inicias do governo. Foram sacados R$ 44 bilhões, que equivale a 88% do total. Cerca de 26 milhões de trabalhadores foram beneficiados.
O levantamento da pasta também observou que houve redução da inadimplência, no endividamento e do comprometimento da renda do trabalhador desde o início dos resgates. O Planejamento também verificou que houve aumento de confiança e do comércio.