Agora, soube-se que o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, havia conseguido o apoio de nove bancos com direito a votos na diretoria da Febraban para barrar a nota divulgada na quinta-feira (02/09) à noite pela entidade.
A diretoria da Febraban, no entanto, se antecipou ao movimento de Guimarães e bancou o documento, no qual reforçou o seu apoio à democracia e ressaltou que, apesar de o manifesto não ter sido liberado oficialmente, o objetivo foi cumprindo, dada à enorme repercussão do tema.
A lista dos nove bancos cooptados pelo presidente da Caixa incluem BTG Pactual, Safra, Inter e BV, este, com participação acionária do Banco do Brasil, que também se mostrou contrário à participação da Febraban no manifesto alertando para o risco de ruptura institucional no país.
Depois de serem derrotados, a Caixa e o Banco do Brasil, que haviam ameaçado deixar a Febraban, recuaram e permanecerão nos quadros da entidade. Os dois bancos públicos representam 22% do orçamento da entidade.
Dentro do próprio governo, a visão é de que o barulho feito pela Caixa e pelo Banco do Brasil foi um tiro no pé, pois deu muito mais visibilidade ao manifesto que não foi publicado do que se o documento se tornasse público oficialmente. Ficou a impressão de ingerência política no BB e na Caixa.
Os maiores bancos privados do país — Bradesco, Itaú Unibanco e Santander — bancaram a posição crítica em relação aos movimentos golpistas do presidente Jair Bolsonaro. As instituições defendem “equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa”.
Brasília, 09h35min