Sem qualquer respaldo técnico, Alexandre diz que os governadores inflaram os números de óbitos pela covid-19 a fim de receberem mais recursos do governo federal. O “estudo paralelo” foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro, que, depois, teve de recuar diante da negativa do TCU, que disse desconhecer a tese falsa.
Com o afastamento de Alexandre, Fábio Mafra, considerado um dos melhores auditores do TCU, supervisionará todos os trabalhos da secretaria que acompanha o uso de verbas públicas para a compra de equipamentos de combate à covid-19.
Filhos de Bolsonaro
O auditor afastado é ligado aos filhos de Bolsonaro e ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, que o convidou para ocupar uma diretoria na instituição. A cessão para o BNDES, contudo, foi vetada pelo então presidente do TCU, José Múcio Monteiro.
Segundo o ministro Bruno Dantas, corregedor do TCU, “os fatos até aqui apurados pela Corregedoria são graves e exigirá aprofundamento para avaliar a sua real dimensão”. Ele acrescenta, ainda, que, “para isso é necessária uma decisão da presidente do TCU, ministra Ana Arraes”.
O ministro acrescenta: “Ainda é cedo para extrair conclusões, mas se ficar comprovado que o auditor utilizou o cargo para induzir uma linha de fiscalização orientada por convicções políticas, isso será punido exemplarmente”.
Brasília, 20h15min