EUA e União Europeia tiram bancos russos de sistema Swift e pegam oligarcas corruptos

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou que um grupo seleto de bancos russos, com grandes ativos, serão banidos do sistema Swift, usado para todas as transações bancárias internacionais. A meta é retirar o poder de fogo de Vladimir Putin de financiar “a máquina de guerra”.

Segundo Von der Leyen, a exclusão de bancos russos vai sufocar os oligarcas corruptos que sustentam o governo de Putin. “O presidente da Rússia não está destruindo somente a Ucrânia, com os bombardeios que tiram as vidas de inocentes, está destruindo o futuro da economia russa, que vai ruir”, destacou.

A presidente da União Europeia assinalou que a retirada de bancos russos do Swift teve o apoio dos principais chefes de Estado do mundo. E que ajudará a bloquear as operações de oligarcas russos, que dão suporte a Putin. Com os bens presos, os cidadãos mais ricos da Rússia vão pressionar o político em relação à guerra com a Ucrânia.

As medidas restritivas também atingem o Banco Central da Rússia, que está sentado sob reservas de mais de US$ 630 bilhões. Boa parte desses recursos ficarão presos, impondo custos pesados ao país de Putin.

A Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais é uma cooperativa internacional, com sede na Bélgica. Fundada em 1973, opera como um canal de comunicação global entre seus participantes, além de padronizar transações financeiras internacionais. São mais de 11 mil instituições financeiras, de 200 países, conectadas.

Dados da União Europeia apontam que, em 2021, a Rússia é o segundo país na Swift, atrás apenas dos Estados Unidos, em número de usuários. Tem cerca de 300 instituições financeiras pertencentes ao sistema. Mais da metade das instituições financeiras da Rússia são membros da rede. Em 2014, quando anexou a Crimeia, a Rússia foi ameaçada de ser expulsa do Swift, mas a punição não se concretizou.

Brasília, 19h12min

Vicente Nunes