POR ANTONIO TEMÓTEO
O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União identificou que as estatais gastam pelo menos R$ 2,3 bilhões com serviços de advocacia. O grupo de trabalho que apurou os valores foi criado após a pasta receber denúncias de que os contratos firmados, além de terem valores acima dos praticados pelo mercado, estão sendo terceirizados sem sem a anuência dos órgãos contratantes.
Além disso, há indícios de que as bancas contratadas repassam o objeto do contrato a outros advogados, sem autorização prévia do cliente. Conforme os dados da pasta, a Petrobras gasta R$ 819,3 milhões com serviços terceirizados, o Banco do Brasil R$ 581,6 milhões, a Petrobras Distribuidora R$ 314,5 milhões , a Eletrobras R$ 246,8 milhões e o BNDES R$ 129,3 milhões.
Entre as empresas dependentes do Tesouro Nacional, os valores são menores. A Embrapa desembolsa R$ 6,2 milhões, Furnas R$ 5,2 milhões e a Caixa Econômica Federal R$ 2,1 milhões. Uma auditoria será realizada para identificar eventuais fragilidades e irregularidades nas contratações de escritórios de advocacia pelas empresas públicas