Estão sucateando o Banco do Brasil para a privatização, dizem funcionários

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Quem foi às agências do Banco do Brasil nesta última semana do ano de 2020 levou um susto. A maior parte dos pontos de atendimento ao público estava sem caixas. Não havia funcionários para executar os serviços.

A justificativa em todas as agências foi a mesma: a segunda onda de covid-19 pegou os empregados do Banco do Brasil em cheio. Mas, mesmo ciente da contaminação em massa de seus funcionários, o BB não montou um plano de contingência.

Resultado: muitos clientes insatisfeitos, voltando para casa sem resolver seus problemas com o banco, vários deles, solucionados somente presencialmente. As queixas eram gerais, contudo, os funcionários que tentavam acalmar os ânimos reconheceram que a situação no Banco do Brasil é dramática.

Para empregados do BB, estão sucateando a instituição a fim de facilitar sua privatização. Eles dizem que há um movimento deliberado dentro do banco para atender mal a clientela a justificar que a única saída para a instituição é repassar seu controle à iniciativa privada.

“Infelizmente, o que temos visto é uma inação dentro do Banco do Brasil. Já houve muitos problemas com a covid na primeira fase da doença, mas, agora, nesta segunda onda, mais gente se contaminou e nada foi feito para manter o atendimento ao público minimamente adequado”, diz um empregado do BB.

O quadro é tão preocupante, que os clientes que procuraram as agências do Banco do Brasil  no Sudoeste — a Estilo e a normal — foram orientados a se dirigirem aos postos de atendimento do Guará ou da 507 Sul. Para isso, teriam que se deslocar mais de seis quilômetros.

Procurada, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil ficou de se manifestar, mas, antecipadamente, admitiu que a covid atingiu em cheio funcionários que atuam na linha de frente do atendimento.

Brasília, 17h11min

Vicente Nunes