Ernesto Araújo e Ricardo Salles se divertem com desgraça de Mourão

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Se tem uma dupla feliz com a desgraça vivida pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, dentro do governo, ela é formada pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Os dois são os principais detratores de Mourão na Esplanada dos Ministérios e trabalharam pesado para afastar o presidente Jair Bolsonaro do vice. Tudo, é claro, com a força dos filhos do chefe do executivo, que detestam o general.

Ernesto tem certeza de que Mourão quer vê-lo fora do governo. O general disse que, em uma reforma ministerial, o chefe do Itamaraty seria demitido. Em defesa de Ernesto, Bolsonaro chamou o vice de “palpiteiro”.

Salles, por sua vez, atribui a Mourão parte dos ataques recebe. O ministro acredita que assessores do general abastecem os detratores da política ambiental do governo. Acredita, ainda, que o vice lhe tirou parte dos poderes.

Agora, dizem integrantes do Planalto, Ernesto e Salles estão tripudiando em cima de Mourão. Conseguiram o que queriam, ou seja, afastar o vice de todas as decisões do governo ao alimentarem, sobretudo, que o general não é confiável.

Nesta terça-feira (09/02), Bolsonaro deixou Mourão de fora de uma reunião ministerial. Como não quer passar recibo, Mourão diz que não está incomodando com a forma que vem sendo tratado.

A gota d´água para o rompimento do presidente com o vice foi um diálogo entre um assessor do general com um funcionário da Câmara dos Deputado no qual se levanta a possibilidade de impeachment de Bolsonaro.

Depois disso, o presidente enterrou qualquer possibilidade de diálogo com Mourão. Quem acompanha o dia a dia do governo, não acredita na reconstrução de uma ponte entre eles. Não tão cedo.

Brasília, 16h41min

Vicente Nunes