POR ANTONIO TEMÓTEO
O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT-CE) avalia que a equipe econômica, queridinha do mercado, é de quinta categoria. Para ele, o trabalho realizado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e pelo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, têm levado o país para o buraco.
Conforme Gomes, o país está com deficit fiscal primário que se aproxima de 150 bilhões, a receita pública esta despenca, o desemprego é o maior da historia e a quantidade de empresas em recuperação judicial é recorde. Além disso, o nível provisionamento dos bancos está no maior volume da história e a inadimplência é recorde. “A parte da nossa elite que vive do rentismo pirou”, alerta.
O político e pré-candidato a presidência da República também não poupou críticas ao trabalho realizado pela equipe de Ilan Goldfajn. Conforme ele, não há explicação para que os juros básicos da economia estejam em 10,25% ao ano diante de um processo tão forte de queda de preços. “Você tem uma chance de ouro de trazer a taxa de juros para um patamar razoavelmente civilizado e estamos com ela em 10,25%. O maior juro do mundo sem explicação nenhuma”, diz.
Para ele, a política monetária piora a trajetória de crescimento da dívida pública, que deve terminar o ano em 75% do Produto Interno Bruto (PIB). “Nós estamos nos desindustrializando a ponto de o setor representar oito míseros porcento do PIB. Alguém vai elogiar esse trabalho”, diz.