Três empresas — Equatorial, CPFL e Neoenergia — vão disputar o controle da CEB Distribuição, que será leiloada nesta sexta-feira (04/12), às 8h, na Bolsa de Valores de São Paulo.
O valor mínimo de privatização da CEB Distribuição foi fixado em R$ 1,42 bilhão, mas a expectativa do Governo do Distrito Federal é de que, por conta da disputa, o preço final de venda tenha um ágio. Ninguém se arrisca, porém, a fixar um percentual para o sobrepreço.
De início, seis empresas se interessaram pela CEB Distribuição, que atende cerca de 1 milhão de consumidores no Distrito Federal. A companhia, dizem especialistas, tem forte potencial de crescimento e de lucratividade.
Segundo especialistas, como empresa privada, a CEB Distribuição terá mais liberdade para agir, já que se livrará da interferência política, e maior eficiência na gestão de seus negócios, pois renegociará contratos e adequará o quadro de pessoal às suas necessidades reais.
Para se ter ideia de suas amarras, a CEB não consegue cumprir os prazos para cortar o fornecimento de luz, o que aumenta demais a sua inadimplência. Também não combate, como deveria, as gambiarras, ou gatos, que sugam, sem nenhum pagamento, a energia que a empresa distribui.
Quem são os concorrentes
O grupo Equatorial atual na distribuição de energia em quatro estados: Alagoas, Maranhão, Piauí e Pará. No total, responde pelo fornecimento de energia a 10% dos consumidores e detém 6,5% do mercado. Também opera na geração de energia e no sistema de telecomunicações.
Já a Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, tem 13,7 milhões de clientes distribuídos pelos estados da Bahia, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e no interior de São Paulo, por meio da Elektro.
A CPFL tem a sua origem em São Paulo. Foi privatizada pelo governo de São Paulo nos anos 2000. Hoje, é controlada pela chinesa State Grid. Também opera na geração de energia.
Brasília, 17h58min