Envolvido em corrupção, FI-FGTS tem relatório de gestão aprovado com ressalvas, que seguirá para o TCU

Publicado em Economia

No centro das denúncias de corrupção que envolvem o deputado Eduardo Cunha, o FI-FGTS, instrumento de investimentos bancado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) teve seu relatório de gestão aprovado hoje, mas com várias ressalvas. Há o temor dos integrantes do Comitê de Investimentos do FI-FGTS de serem pegos pela Polícia Federal. O documento será encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Responsável pela auditoria externa do FI-FGTS, a empresa KPMG disse que só assinaria o relatório de gestão se fossem acrescentados, nos documentos, todas as ressalvas feitas por seus técnicos, alertando, inclusive, para desvios denunciados por Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal.

 

A KPMG exigiu, ainda, que a Caixa faça um documento descrevendo qual a real situação do FI-FGTS e os riscos envolvidos em todas as operações realizadas pelo fundo para que também seja encaminhado ao TCU. O banco terá que abrir todos os dados do FI-FGTS, sobretudo dos beneficiários de recursos liberados pelo fundo.

 

Somente Juliano Bianchi, representante da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) no Comitê de Investimento do Fundo de Investimento do FGTS, voltou contra o relatório de Gestão.

 

Em sua exposição, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, afirmou que será criado um grupo de governança para botar ordem na casa do FI-FGTS. Até o fim do ano, serão definidos os setores que terão prioridade para receber recursos dos trabalhadores. A preferência é por obras de infraestrutura, sobretudo transportes, saneamento básico e energia.

 

Brasília, 12h01min