Engarrafamento por gasolina a R$ 3,899 o litro

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BRUNO SANTA RITA

Um fluxo enorme de veículos está se descolando para Águas Claras, bairro de classe média alta do Distrito Federal, em busca de gasolina mais barata. De dia ou de noite, os engarrafamentos são constantes às margens da EPTG, uma das vias mais movimentadas da capital da República.

Os preços mais baixos decorrem de uma guerra entre os postos em busca de clientes. Em dois deles, a gasolina está sendo vendida a R$ 3,899 o litro. Um dos estabelecimentos só aceita dinheiro. No outro, é possível encher o tanque usando cartão de débito.  Num terceiro posto, o combustível está a R$ 3,999.

Na maior parte dos postos do DF, o litro da gasolina está a R$ 4,29. Ou seja, em relação aos postos de Águas Clara, a diferença é de R$ 0,40 por litro. Num carro com um tanque de 50 litros, a economia é de R$ 20 por abastecimento. Como muita gente abastece o carro uma vez por semana, devido às longas distâncias, a economia chega a R$ 80 por mês.

Não é pouco, dizem os especialistas. Eles reconhecem que muita gente não gosta de ficar em fila, de enfrentar engarrafamento, mas qualquer economia nos tempos de hoje vale a pena. A espera nos postos está girando em torno de 30 minutos.

Os moradores de Águas Claras têm reclamado dos engarrafamentos, uma vez que os postos não estão organizando as filas. Nos momentos de pico, uma das entradas alternativas do bairro acaba sendo interditada pelo grande número de veículos à espera do abastecimento.

Segundo uma gerente de um dos postos, o movimento cresceu muito diante dos preços baixos. Ele garante que consegue manter o valor de R$ 3,899 nas bombas pois o giro dos estoques está muito rápido, reforçando o fluxo de caixa do estabelecimento.

Do lado dos consumidores, sempre há a preocupação com a qualidade do combustível vendido abaixo abaixo da média de mercado. A Agência Nacional do Petróleo garante que mantém uma fiscalização eficiente do mercado de combustíveis.

Brasília, 17h30min

Vicente Nunes