POR ANTONIO TEMÓTEO
A crise econômica trará mais problemas para as empresas e para os trabalhadores até o fim do ano. A queda no faturamento levou muitas companhias a reduzir o nível de provisões para custear o 13º salário dos funcionários, explica o economista Fábio Astrauskas, presidente da consultoria Siegen.
Especializado em recuperação judicial, renegociação de dívidas e restruturações, ele detalha que isso levará as empresas a parcelar o 13º ou, em casos mais extremos, atrasar os pagamentos. Astrauskas relembra que as companhias costumam recorrer aos bancos para tomar empréstimos e deixar a folha em dia.
Entretanto, com as instituições financeiras mais cautelosas, a oferta de crédito continuará restrita. O economista destaca que é usado pelos trabalhadores para pagar dívidas em atraso. “Se não receberem em dia teremos aumento da inadimplência no país. Para piorar, quem está desempregado e recebendo o seguro-desemprego ficará sem renda no fim do ano”, destacou.