HAMILTON FERRARI
A Petrobras voltou a ser a empresa mais valiosa da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Somente nesta semana, o valor de mercado da estatal aumentou R$ 56,3 bilhões, puxado, sobretudo, pela forte valorização do petróleo no mercado internacional. Isso tem ajudado a recompor o caixa da companhia. Com a alta, a Petrobras passou a valer R$ 358,9 bilhões, superando, depois de seis anos, a Ambev, cotada a R$ 342,7 bilhões.
A expectativa dos analistas é de que, com o caixa mais equilibrado, a Petrobras volte a ampliar os investimentos, fundamentais para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB). Dados mostram que, quando estava o auge, antes de ser saqueada pelos partidos políticos e por empreiteiras, a cada R$ 1 investidor por ela outros R$ 3 eram agregados à economia. É uma locomotiva e tanto.
Coincidentemente, quando começou a afundar, a Petrobras levou junto a economia. O país mergulhou na recessão. A empresa, dizem os analistas, ainda está longe de voltar a ser o que já foi. Ficou muito menor para limpar toda a roubalheira descoberta por meio da Operação Lava-Jato. Mas, certamente, saneada, será de novo uma potência.
Em entrevista ao Correio depois de assumir como presidente da Petrobras, Pedro Parente disse que limparia toda a “bandalheira” da empresa. Parece que conseguiu. Mas foi um processo dolorido, de muitos prejuízos e que levaram à venda de vários ativos. Os investidores souberam reconhecer todo o esforço que foi feito. Por isso, estão pagando caro pelas ações da petroleira.
Nesta quinta-feira (10/05), as ações ordinárias (com direito a votos) da Petrobras foram cotadas a R$ 28,84, com valorização de 5,95%. Já as preferenciais subiram 3,91%, negociadas, no fim do pregão paulista, a R$ 25,75. O desempenho dessas ações, que responderam por 27% do giro financeiro da Bolsa, fez com que o Ibovespa, principal índice de lucratividade do mercado acionário, subisse 1,89% no dia, para os 85.861 pontos.
Brasília, 18h10min