O Centro de Operações da CEB só foi desocupado depois de uma longa negociação entre o presidente da empresa, Edison Garcia, o sindicato e a policia, que cercou toda a base de prestação de serviços à população. “Chamei a política, porque não poderia permitir a anarquia. Não havia porque prejudicar a população”, diz Garcia. A polícia só deixou a prédio da CEB, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) no fim da manhã desta quarta-feira, 6 de fevereiro, quando os ânimos foram serenados.
Demissão
O sindicato dos eletricitários exigem a demissão do presidente da Faceb, Marco Antonio Vieira, que está enxugando a estrutura da fundação, cuja saúde financeira vai de mal a pior. A Faceb acumula um rombo de R$ 300 milhões e está em dificuldades para cumprir compromissos futuros com aposentados e pensionistas. Os 10 funcionários demitidos tinham salários três vezes maiores que a média de mercado. Segundo a Faceb, o fechamento da unidade de atendimento nas quais eles trabalhavam em nada vai atrapalhar a prestação de serviços aos associados.
A Faceb vem sendo fiscalizada com rigor pela Previc, órgão que regula os fundos de pensão. A determinação é para que a Faceb arrume logo as suas contas, para que tenha condições de honrar todos os compromissos futuros, complementando as aposentadorias de quem contribuiu para isso. Além dos planos de previdência, a Faceb enfrenta problemas com os planos de saúde, que vêm consumido boa parte do caixa da fundação.
Em nota aos associados, o sindicato dos empregados da CEB afirma que, “diante do desrespeito total aos trabalhadores, participantes e assistidos pela fundação, não restou outra alternativa ao sindicato senão reagir a altura à provocação que há tempos o referido dirigente (Marco Antonio Vieira) vem fazendo a entidade sindical e assistidos/participantes da fundação”.
Brasília, 17h21min