Empregados da CEB invadem centro de Operações e impedem atendimento à população

Publicado em Economia

Uma grande confusão foi instalada na Companhia Energética de Brasília (CEB) por causa da demissão de 10 funcionários que atuavam em um escritório da Faceb, o fundo de pensão dos empregados da empresa. Na tarde de terça-feira, 5 de fevereiro, em meio a um temporal que provocou danos em várias partes do Distrito Federal, representantes do sindicato dos eletricitários invadiram o Centro de Operações da CEB, impediram o atendimento a mais de 600 emergências e até o conserto de cabos arrebentados pelas chuvas.

 

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

O Centro de Operações da CEB só foi desocupado depois de uma longa negociação entre o presidente da empresa, Edison Garcia, o sindicato e a policia, que cercou toda a base de prestação de serviços à população. “Chamei a política, porque não poderia permitir a anarquia. Não havia porque prejudicar a população”, diz Garcia. A polícia só deixou a prédio da CEB, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) no fim da manhã desta quarta-feira, 6 de fevereiro, quando os ânimos foram serenados.

 

Demissão

 

O sindicato dos eletricitários exigem a demissão do presidente da Faceb, Marco Antonio Vieira, que está enxugando a estrutura da fundação, cuja saúde financeira vai de mal a pior. A Faceb acumula um rombo de R$ 300 milhões e está em dificuldades para cumprir compromissos futuros com aposentados e pensionistas. Os 10 funcionários demitidos tinham salários três vezes maiores que a média de mercado. Segundo a Faceb, o fechamento da unidade de atendimento nas quais eles trabalhavam em nada vai atrapalhar a prestação de serviços aos associados.

 

A Faceb vem sendo fiscalizada com rigor pela Previc, órgão que regula os fundos de pensão. A determinação é para que a Faceb arrume logo as suas contas, para que tenha condições de honrar todos os compromissos futuros, complementando as aposentadorias de quem contribuiu para isso. Além dos planos de previdência, a Faceb enfrenta problemas com os planos de saúde, que vêm consumido boa parte do caixa da fundação.

 

Em nota aos associados, o sindicato dos empregados da CEB afirma que, “diante do desrespeito total aos trabalhadores, participantes e assistidos pela fundação, não restou outra alternativa ao sindicato senão reagir a altura à provocação que há tempos o referido dirigente (Marco Antonio Vieira) vem fazendo a entidade sindical e assistidos/participantes da fundação”.

 

Brasília, 17h21min