Ao comparar as principais mudanças de hábito de compra entre o período pré-quarentena, de janeiro ao meio de março, e o período pós-quarentena, do meio de março ao fim de abril, além das alterações nas categorias mais consumidas, a empresa constatou crescimento de 192% nas doações on-line.
Esse avanço foi superior ao dos gastos com alimentação, com alta de 126%. Depois vieram os itens de casa, como móveis e decorações, com 107%; transporte via aplicativo, com 106%; e bebidas, com 99%.
“Muitos consumidores estão migrando para o e-commerce como uma maneira de evitar contato físico e de não colocar a sua vida e a dos próximos em risco”, diz o presidente da Stone, Augusto Lins. Para ele, “essa fase requer atenção do empreendedor, principalmente daquele que não opera por delivery e não tem seu negócio digitalizado”.
Na avaliação de Lins, todos os esforços para garantir os rendimentos são muito bem-vindos. “Passamos por um momento de profissionalização e otimização de presença em diferentes plataformas para perder o mínimo de vendas possível”, frisa.
Perdas
A pesquisa da Stone mostra ainda que os setores que mais vem sofrendo na crise são os de turismo, com queda de 94%; de eventos, com recuo de 93%; e o de certificação e de autenticações de documentos digitais, com tombo de 81%.
Mais: apesar do aumento de volume de venda em algumas categorias, o valor do ticket médio não apresentou alta. No caso do segmento de alimentação, cujas transações processadas subiram 126%, o gasto médio cedeu 24%, para R$ 244 por mês.
Isso pode ser reflexo do aumento do desemprego e da redução de salários de trabalhadores que aderiram ao programa lançado pelo governo para tentar minimizar os efeitos da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho.
Brasília, 17,40min